Fabela do corvo e a raposa
No alto... estava um corvo indolente
a preparar faustosa refeição:
uma lasca de queijo parmesão
furtada de um menino displicente.
Quando a raposa veio, de repente,
e pôs-se a desmanchar-se em elogios:
—Oh! como é belo o teu cantar macio!
—Que bela pluma negra, reluzente!...
—Canta pra que o mundo te aplauda!
O corvo abre o bico, eleva a cauda
e emite um corvejar de assombração.
Cai-lhe do bico, o queijo, nessa hora,
quando a raposa come, vai embora...
e ensina ao corvo mais uma lição:
por cima da vaidade há um ladrão,
capaz de ver o sol antes d'aurora.
No alto... estava um corvo indolente
a preparar faustosa refeição:
uma lasca de queijo parmesão
furtada de um menino displicente.
Quando a raposa veio, de repente,
e pôs-se a desmanchar-se em elogios:
—Oh! como é belo o teu cantar macio!
—Que bela pluma negra, reluzente!...
—Canta pra que o mundo te aplauda!
O corvo abre o bico, eleva a cauda
e emite um corvejar de assombração.
Cai-lhe do bico, o queijo, nessa hora,
quando a raposa come, vai embora...
e ensina ao corvo mais uma lição:
por cima da vaidade há um ladrão,
capaz de ver o sol antes d'aurora.