Amaldiçoado

Há um vergel ancestral de árvores mortas

No qual o sol jamais nasce nas portas

Flores roxas que perderam a cor,

Num palácio inóspito de frio e dor.

Por entre as fendas flores vis e tortas

O chão está coberto de sombras mortas

Silenciosas estátuas e um vil odor

Mofado de coisas mortas sem amor.

Uma criatura nauseante ao redor,

Mistério vibrante de qualquer rumor

Uma luz bruxuleante invade tais salas.

A alma do inferno surge e apavora,

Nos olhos cinzentos da dor de outrora.

A tristeza da alegria vã que calas.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 20/09/2022
Reeditado em 20/09/2022
Código do texto: T7610552
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