Manhã de sombras mortas...

Manhã de sombras mortas nos outeiros,

De flores suntuosas e mistérios,

Lembranças de luares derradeiros,

Na solidão dos velhos cemitérios.

Das aves passeando nos canteiros,

Crepúsculos e cânticos funéreos...

Olhares que perdiam-se em nevoeiros

Na mudez dos brancos eremitérios.

Manhã de suspirosas melodias,

De sinos que inda tangem nostalgias,

E folhas dos outonos desfolhados...

Eu lembro contemplando a face tua,

E sigo caminhando pela rua,

Levando-lhes no peito amortalhados.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 25/09/2022
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