Às vezes

Às vezes és felicidade e carisma,

Às vezes, teu amor sou eu, somente eu.

Ora eu sou tua nobreza, ora plebeu,

Às vezes és tristeza rude e cataclisma.

Às vezes és imenso engodo e sofisma,

Fazes de mim, um malfadado anjo ateu.

Falas depois que o meu pranto não valeu,

Isto é apenas teu engano e tua cisma.

Às vezes amas-me, às vezes tens-me ódio,

Duplas personas que eu nunca entendi.

Quisera eu, que fosse apenas episódio,

E difamado, penso eu, não desistir.

Me acabrunho, mas, eu tenho o meu primórdio,

Infelizmente, nesta vida, eu amo a ti.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 29/09/2022
Código do texto: T7617075
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