Orgulho Nordestino
Trazido, pelos braços do destino,
À terra que o seio me ofertou,
Eu, felizmente, hoje sei quem sou
E o que já fui, nos tempos de menino.
Vivi a vadiar, no sol a pino,
De pés no chão, calção pela cintura,
Como se fosse parte da pintura,
Que deus pintou no solo nordestino.
Ah, como é bom amar a própria história!
Guardar, de cor, no fundo da memória,
Toda a felicidade concebida.
Lavar o corpo, a alma, a razão...
Nas águas da lembrança do meu chão,
Que hei de defender por toda a vida.