Ventre desmamado

Um quê existe em mim ensimesmado.

A inventariar ruínas embebidas,

Num insaciável Ventre desmamado

A fluir em Letras - inconclusivas!

Me desvencilho... Vão-se os recatos

Por que te disfarçaste? - Então pergunto

À Outra um Cordeiro... E a uivar o indulto

Um Lobo comigo a encenar-se em Atos.

Meu luar apagou-se... Morre o milagre!

Azedou tua lembrança... Esse vinagre!

No calvário de amor que pressenti

A cegar a grafia do idioma

Com versos eternos, vai e os toma!

Do Universo de Amor que fiz pra ti.

Canoas, 02 de dezembro/2007-RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 03/12/2007
Reeditado em 31/01/2008
Código do texto: T762355
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