Efeméride da liberdade
Aos trinta e um de março bate o sino
da nova catedral da exceção!
O verde e o amarelo dão-se as mãos
e a ordem impõe progresso ao assassino.
Os tanques, pelas ruas, cantam o hino
e louvam a vitória sem batalhas,
enquanto a palma muda dos canalhas
saúda a concessão doutro destino.
Lacerdas, Ademares, Magalhães...
abanam o rabo em riste feito cães
a lambear os pés dos generais...
A pátria, mãe gentil, dorme mais cedo
e guarda, até os sonhos, em segredo,
com medo que não sonhe nunca mais!