QUOTIDIANO

O vazio é um deserto sem cor,

A alma é indigente sem nome

Que habita um vácuo de onde

Abstrai-se o intelecto furta-cor.

No deserto há um vazio oculto

Donde o seco parece a ousadia

Que provoca a luz que se daria

A um mundo bastardo, inculto.

A vida é camuflada pela solidão

Dos muitos que só sabem o não

Diante de uma plateia indolente.

Plenos são os espaços rotineiros

Dos que não têm companheiros

E fenecem à míngua do presente.

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 18/10/2022
Código do texto: T7630725
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