É uma estrada de alvuras e lamentos...

É uma estrada de alvuras e lamentos,

De sombras e luares esquecidos...

Onde jazem os dias nevoentos,

Em lívidas mortalhas, fenecidos.

Quando fores levada pelos ventos,

E deixares teus sonhos carcomidos,

Serás como a névoa dos conventos,

Uma folha a vagar nos tempos idos.

E tantas vezes que sorriste, ó alma,

Contemplando, almos anoiteceres,

Que traziam-te a lua assim tão calma...

És tu como a lembrança que nasceste,

De um sino solitário a plangeres,

Que pela noite desapareceste.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 19/10/2022
Reeditado em 22/10/2022
Código do texto: T7630778
Classificação de conteúdo: seguro