PERGAMINHO DO AMOR

Dos livros que a alma pode conceber,

De simples manuscritos a obras-primas,

Há prosa e poesia em belas rimas

Que só os sábios conseguem escrever.

E mesmo os que se ocupam do mister,

Às vezes, se surpreendem com as lágrimas

Que caem ao depararem-se com as últimas

Frases de um invulgar livro do ser.

Quem nunca desvendou um manuscrito

Que em língua intraduzível foi escrito

Num corpo em pergaminho há de tentar,

Mas na empreitada, embora a língua saiba,

À mente do leitor, talvez, não caiba

Interpretar os temas que ali há.