Caminho Florido

E no fim da estrada um caixão de pinho,

Há de levar-nos no horto derradeiro...

Tarde branca de flores no caminho,

Tu floriste como alvo jasmineiro.

Vagueando entre nuvens de arminho,

O poente num etéreo nevoeiro...

Como quem para a morte vai sozinho

Na lembrança do teu sonho primeiro.

De novo, sombras de outras madrugadas,

E pétalas de rosas desfolhadas,

O céu em negra seda adormeceste...

Eu choro ouvindo a música de outrora,

Como quem na noite escura chora,

Lembrando do passado que morreste.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 02/11/2022
Reeditado em 05/11/2022
Código do texto: T7641122
Classificação de conteúdo: seguro