Neonazismo
A mão em riste, o braço levantado,
O Führer asteava a bandeira.
Não era, felizmente, a brasileira,
Mas o nazismo, morto no passado.
Eu que pensei que estava enterrado
Adolf Hitler, junto aos genocidas,
Enxergo as multidões nas avenidas,
De mão em riste e braço levantado.
E clamam por um cabo e um soldado,
E rezam por Jesus crucificado,
Pra que mantenha o pão da burguesia.
E brindam, com fevor, à ditadura,
Que dia e noite ataca, e que tortura
Quem ousa amanhecer num novo dia.