DUALIDADE

Sou como a moeda, quando lançada,

Que ao cair, mostra cara ou coroa.

Ora estou mal, ora estou de boa,

Triste, chorando ou dando risada.

Assim, a vida vai sendo levada,

É deste modo que meu tempo escoa.

Vai tão depressa, parece que voa,

De tão curta é nossa caminhada.

Se não levo a sério a existência,

Em orações, a Deus peço clemência,

Por desperdiçar a dádiva dada.

Poderia culpar a poesia,

Porém seria pura covardia,

Culpar a quem não tem culpa de nada.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 07/11/2022
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