PERDEU MANÉ, NÃO AMOLA

Não me surpreendi com o recado sinistro

Neste chão, o crime faz carreira, herança, escola

É tudo tão natural, que ninguém “deu bola”

Prá fala do bandido, na boca do ministro.

“Perdeu mané, não amola”...

Tua revolta, não sou eu que administro

Nem tampouco tua ofensa registro

A dança, agora, é outra. Relaxa e rebola...

Mesmo aviltado, não me indispus com o meliante

Levou o que queria, menos o mais importante:

Minha essência, meu ser.

Seu riso matreiro, malandro, mordaz

Estampa um sadismo que só satisfaz

Os que se embriagam de Supremo Poder.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 17/11/2022
Código do texto: T7652169
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