Quantas vezes ao luar que vai caindo...

Quantas vezes ao luar que vai caindo,

Como pétalas serenas d'uma haste,

O teu vulto de outrora vi surgindo,

Como sombra no poente que vagaste.

De tão longe a lembrança foste vindo,

E na noite que adejo me encontraste.

Andavas só, dos páramos haurindo,

Ástreo brilho de luz que me encantaste.

Talvez cantasses do passado as nênias,

E pelo horto de lírios e gardênias,

Teus rastros perfumados exalavas...

Minh'alma que vagueia pela rua,

Tem lembrança que surges como a lua

Que nas horas calmas se revelavas!

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 17/11/2022
Código do texto: T7652286
Classificação de conteúdo: seguro