Soneto ao fim do mundo

Creio chegado ao fatídico tempo

Dou-me do vinho outra golada

Caminho torto na caminhada

Rezo o fim pelo duro intento.

E quanto a esta vida amarga

O valor, da alma, já isento

Dou-me a vida movimento

Morrer enfim, na desgraça.

Claro, fim, morro invernos

Torta via que meu dissabor

A torturar vários infernos.

E deixo a quem, minha dor

Um poema puro e terno

Furto doce do meu amor.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 27/11/2022
Código do texto: T7659206
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