LIDES D’AMOR

LIDES D’AMOR

Às curvas do seu corpo o ardor perpassa

Com lascivas carícias sobre a pele.

Regalo-me de ti se mais me impele,

Voluptuosamente a sua graça.

Submeto-me à vontade que me abraça,

E as leis do amor que impõem a todo aquele,

Que antes a bela amou; que após a vele,

E ao sono seu desejo então renasça.

Teu corpo adormecido do meu lado

Entre lides d’amor quedou prostrado…

Mas mesmo de partida eis-me amador:

Graças, bela, por horas tão gozosas!

Deixo-te enamorado algumas rosas,

E um soneto a vermelho tinto d’amor...

Belo Horizonte - 12 05 1996