VIGÍLIA

VIGÍLIA

Àquela que amo escrevo este soneto,

Movido por saudades desmedidas.

Na esperança que as rimas comovidas

Possam lhe consolar o peito inquieto.

Mesmo distante busco o seu afeto

Em vigílias por noites tão compridas,

Que anseio pelo dia em nossas vidas

Em que estarei com ela enfim completo.

Se ela sorri, sorri toda a Natura

Como seu sorriso fosse de luz pura

Ou semelhante ao sol por céus abertos.

E é com a sua imagem luminosa,

Que velo a madrugada silenciosa,

Atravessando páramos desertos.

Belo Horizonte - 02 10 1997