(A Stephanie Martins)

Sem rumo ando pelas ruas desta cidade

Não familiar, onde antes nunca estive,

A procurar por um ser que já não mais vive

(E talvez nunca viveu) nesta realidade.

Esqueci-me há anos de minha identidade

(Identidade esta que, talvez, nunca tive),

E cá, e em qualquer outro lugar onde estive,

Sinto não pertencer à realidade.

Incógnito, me misturo à multidão –

Mil rostos vejo, mas nenhum deles é o seu,

E sem saber se já quero achá-la ou não,

Dissolvo-me na noite escura feito breu,

Sem que nada ou ninguém responda à questão

Que todo dia me tortura: “Quem sou eu?”.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 30/11/2022
Código do texto: T7661559
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