AMORES DOENTIOS OU LIMERÊNCIA

AMORES DOENTIOS OU LIMERÊNCIA

Adormecida em sonho, igual princesa

À espera d’um herói belo e valente…

Como se imersa em bruma, niveamente,

Evanescendo em pálida beleza.

Andava em realidade sem defesa,

Em face da obsessão de sua mente:

D’aquele que deseja avidamente,

Se fez a predadora e ainda a presa…!

Vivia o que imagina estar vivendo

Ou mesmo d’um grande amor morrendo

E não o que de facto acontecia.

Tanto queria amar e ser amada,

Que se perdera, só e amargurada,

Entregue a uma total monomania.

Belo Horizonte - 12 12 1999