Indiferente amor

 

Procuro, identificar no teu semblante amigo

O mistério dos teus olhos num grande espanto

Alma minha dilacerada caminha, chora comigo

Se, encontro dúvidas, medos, invés de encanto

 

Ser ou não ser amado eis o dilema que reflito

Como a criança que embala um amor adulto

Olhar-te em vão nas dúvidas que sepulcro

Vivendo na desventura de um coração aflito

 

Diz afinal, qual o teu prazer supremo

Ver-me afundar do sonho ao pesadelo

Ou no martírio cruel do desespero extremo?

 

Alma que vaga a sentir-se só, como salvá-la?

Diz-me a verdade, enfim, ouvi-la não temo

Desabafa! Dispa-se desse mistério, e fala.

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 02/12/2022
Reeditado em 09/05/2023
Código do texto: T7662797
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