Festas obrigatórias
Outra vez, sonhos em evidência
Vinho e champanhe apompando
Consumir é o estrutural comando
Para o prazer artificial que vicia.
Tempo de festas obrigatórias
Brindam-se os contos de magia
História da vida que o sonho plagia
Ho, ho, ho! Propagam-se as comédias.
Mas há pessoas com sonhos afetados
Agrupadas à sombra sem champignon
Fantasmas nas calçadas, sem edredom.
Distantes dos jardins requintados
Comemora-se a alegria nos abraços
Anulando o cansaço e os tropeços.