Que volte a chuva

A chuva parou à noite, e o desassossego

Tomou-me sem cessar em meus sentidos

Perdido o sono, e abalroados, os ouvidos

Calou, a minh’alma, atônita e com medo.

O meu peito se encheu de desconfiança

Trazida na nostalgia a que lhe prevalece

Tal o trovão longínquo que me emudece

E o futuro que sobrevive na esperança.

Que volte a chuva, e a minha quietude

Que durma o céu, a que o silêncio mude

O castigo que me invade o pensamento.

E depois que pare ao nascer do dia

Para que sucumba a falsa nostalgia

Sob um sol a brilhar no firmamento.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 04/12/2022
Código do texto: T7664700
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