No silêncio da noite constelada

Ó tempos idos que nuances vestes,

Que lampejos trazes do mundo antigo,

Vós que sois uma senda de ciprestes,

A lua amiga que inda vais comigo.

A lembrança que os beijos não me destes,

Uma tarde caindo num jazigo...

Eras o poente nos ermos celestes

Que nos olhos trazia-lhe contigo.

A solitária estrela peregrina

Que outrora contemplavas n'alvorada

Envolvida nas sedas da neblina...

Eras o pranto dos versos doridos,

No silêncio da noite constelada

A saudade dos meus tempos idos...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 10/12/2022
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