Solidão

O absinto amargo de um labor cruel;

Perdido tão triste sem inspiração,

Dividido, aflito e já sem razão,

Condenado errante, assim, feito réu.

E no quarto escuro jogado ao léu;

Com viver tristonho sem compreensão,

A fera ferida já sem direção,

No enredo intenso, merece troféu.

Esse desalento vai além do véu;

E entre meus dedos resvala pressão,

Eu me sinto preso, sem nenhum anel.

Esse é o lema do meu coração;

Solidão profunda me tira o chapéu

E com fé almejo de Deus proteção.

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 12/12/2022
Reeditado em 12/12/2022
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