O colosso

Minha mente é um oceano a bramir

Com mil ideias – fragmentos inacabados –

Flashes de lembranças de anos passados

Num vaivém de ondas a se confundir.

E em suas águas devo sempre imergir,

Apanhando o que posso de todos os lados;

De volta à terra, tento com meus achados

Um monumento, um belo colosso erigir.

Com paciência os acabo por modelar

Numa régia cabeça – num pé – numa mão –

Mas todo o corpo nunca consigo acabar.

Assim são meus poemas: uma coleção

De restos que um todo mal podem formar,

Sobras duma Atlântida em decomposição…

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 19/12/2022
Reeditado em 19/12/2022
Código do texto: T7675275
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