"Trompas do sol, borés do mar, tubas da mata..."

calem-se, quero enfim viver o meu destino,

chorar, seguir ao léu e, assim, ser insensata;

depois reflorescer... mudar de figurino.

 

Faz tempo que perdi o riso cristalino,

quando anoitece, abraço a solidão ingrata,

insólita, que só me leva ao desatino,

então exponho ao mundo a dor que me maltrata!

 

Em cada amanhecer a natureza chora,

imita com louvor os cânticos de outrora,

ostenta a falta hostil e o meu olhar se eleva...

 

em busca do que fui e não existe mais,

e, assim, pranteio o chão eterno dos mortais,

"entre o pudor da tarde e a tentação da treva."

 

Janete Sales Dany

TRILHA DE SONETOS LXXXIX-

"SONATA DO CREPÚSCULO",

DE OLAVO BILAC

ATIVIDADE

FÓRUM DO SONETO

T7675135

Regra: compor Sonetos transcrevendo no verso 1 e no verso 14 os versos de Olavo Bilac, referentes ao soneto "SONATA AO CREPÚSCULO", sendo livres o ritmo, o esquema rimico e o desenvolvimento do mote.

Verso 1:

"Trompas do sol, borés do mar, tubas da mata"

Verso 14:

"Entre o pudor da tarde e a tentação da treva."

 

SONATA AO CREPÚSCULO

Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 19/12/2022
Código do texto: T7675375
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