Velhos tempos felizes
Velhos tempos felizes
Tá faltando cinema na pracinha.
Havia mais amor, mais poesia.
Índios lutando contra a ferrovia...
Só vendo a emoção que a gente tinha!
Raras vezes até namoradinha,
com um pouco de sorte aparecia,
levada pela irmã ou pela tia,
um favor, quem sabe, da madrinha.
E a guerra, lá da tela, era o costume,
nem sempre quem ganhava era o mais forte.
O bom ganhava, o mau, quanto azedume,
a gente só queria ver a morte.
Voltando à namorada, que perfume!
Agora, só tristeza, onde anda a sorte?
Gílson Faustino Maia
26-12-2022