No Alvor Da Noite

É como a morte a vida languescente,

Que no peito cantaste as tuas árias;

Uma tarde enublada sem poente

Que me lembra as alfombras solitárias.

A voz dos ventos num termo florido,

Ó alma que trazes um olhar dolente,

Lamentos pelos ares tens ouvido

De quem sofre as dores que tu sente.

E pálida, a face, da lua nova,

Que desponta nos páramos celestes

Clarear irá de novo a mesma cova.

Ai no alvor da noite me envolvera,

Lembrando os beijos que me destes

O perfume do amor que florescera...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 04/01/2023
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