Memória

Lembrei, com saudade, a imagem fixada,

no mapa gravado intacto na mente.

A bela fazenda, antiga morada,

lugar em que tive a infância inocente.

O mato crescido, à beira da estrada,

surpreso, parei, a olhar longamente.

com grande emoção, de vista embaçada.

meu rico torrão assaz diferente!

O doce casebre, escombros agora.

Oh, tempo cruel que tudo devora

e tudo transforma em fina poeira!

De um tempo feliz, riscada a carvão,

apenas ficou, a antiga inscrição

de um verso de amor na velha porteira!

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 05/01/2023
Código do texto: T7687579
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