Memória
Lembrei, com saudade, a imagem fixada,
no mapa gravado intacto na mente.
A bela fazenda, antiga morada,
lugar em que tive a infância inocente.
O mato crescido, à beira da estrada,
surpreso, parei, a olhar longamente.
com grande emoção, de vista embaçada.
meu rico torrão assaz diferente!
O doce casebre, escombros agora.
Oh, tempo cruel que tudo devora
e tudo transforma em fina poeira!
De um tempo feliz, riscada a carvão,
apenas ficou, a antiga inscrição
de um verso de amor na velha porteira!