Chuva de poeirinha

Ah, o sol continuava com o seu pijama.

Cama de nuvem que se fez também coberta.

Encoberta a luz, ‘cinzudo’ era o panorama.

Flama nenhuma; nem sabia se desperta.

Oferta de frescor; agora sem a lama.

Chama para um aconchego que paz disserta.

Liberta toda preguicinha que se aclama.

Gama absoluta de tranquilidade certa.

Aberta à manhã; fresca e isenta de drama.

Fama de beleza, mesmo nublada: acerta.

Deserta de clarão; estatiza, embalsama.

Inflama a natureza; beleza que flerta.

Desconserta-se com a brisa e dança a rama.

A grama sorve chuva de poeirinha, aberta.

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 06/01/2023
Código do texto: T7688594
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