EXTERMINADOR

Eu afago as águas das cachoeiras

Que caem deslumbrantes e afoitas

Sobre corpos nus dentre as moitas

À beira dos riachos e das fronteiras

Em que a poluição é tão verdadeira

Que faz perecer a vida que pernoita

À espera da brisa suave que açoita

Em derredor da paisagem parideira.

Assisto ao cortejo tétrico da corrente,

Lúgubre epitáfio da foz independente

Que jaz contaminada na hídrica fonte.

Temporário se torna o través aquático,

Perene é apenas o ser vilão e catártico

Que desarrolha a natureza que some!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/01/2023
Código do texto: T7695685
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