TATTOO

Não quero essa vida louca, súplice

como a vida notívaga dos boêmios.

E, depois, receber um duro prêmio

por levar uma vida fútil, dúplice.

De forma alguma quero ser cúmplice

do mal que vem agora no proêmio,

exortar minha vida por milênio,

de maneira exótica, multíplice.

Quero levar a vida sem vestígio

de qualquer falha ou de qualquer litígio

que carrega uma vida antepassada.

Não dessa forma hostil, por vezes reles,

impregnado, eu sei, na minha pele,

e, em cada encarnação, mais tatuada.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 16/01/2023
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