Soneto do Anjos

Aproxima-te, pois da Morte, em vão

No sibilante e sujo leito solitário

Não o seria por falta de imediação

Mas por não seres aquele, o, signatário

Da expectação virulenta e desapiedade

Não lhes conotes significantes açores

Não haverá a confirmada contiguidade

Só para ti e aos teus, escarnecedores!

Na fugacidade constante desta dor

Situa-se ausência de brilho, de cor

Mas nunca ver a opacidade do pedir

Já não terás como postergar a tua hora

Imaginais, pois, o teu farnel , devora

Pois pretéritos são teus avoengos.

Rubens Lôbo
Enviado por Rubens Lôbo em 26/01/2023
Código do texto: T7704479
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