DIAS AMARGOS II
A Olavo Bilac
Amei. Amaste. E o amor que me fazia
tão feliz, alegre e descontraído,
deixou-me assim: O coração ferido,
infeliz, triste e contraído, um dia.
E aquela enorme dor que então sentia
dilacerando o peito, o amor perdido,
tornou-me a vida sem qualquer sentido
e sem qualquer resquício de alegria.
Por isso levo a vida tristemente
guardada no meu peito amargamente
esta saudade que me faz morrer
aos poucos, nestas marcas que ficaram,
que minha vontade de viver, tiraram.
Dias amargos, de enlouquecer...
Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 27/11/2005
Código do texto: T77152
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