Tem nos ares de alvas flordelizadas...

Tem nos ares de alvas flordelizadas,

O silêncio das brancas primaveras;

O aroma que lembraste as madrugadas,

E o canto antigo de longínquas eras.

E uma cruz que viste pelas estradas,

No final do teu caminho te esperas...

E o luar nas covas abandonadas

A velar-te o teu sono sem quimeras.

O mesmo céu nos segue em calmaria,

E o pranto dos ocasos macilentos

Por um instante era tudo o que eu ouvia...

A noite surge lenta como os dobres

Trazidos suavemente pelos ventos

Acostumados a vagar nos bosques.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 17/02/2023
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