CARNAVAL

Assim, embriagados de falsa alegria,

Vão pela rua como robôs e zumbis.

Ao som estrondoso do infinito bis,

Incalculável dispêndio de energia.

Os seus corpos esguios, as mentes vazias.

A fantasia cria beleza ilusória,

Almejam para si a efêmera glória

De uma vitória que acaba em três dias.

De volta pra casa onde a vida é real,

O trabalho os espera com paga tão vil.

O ouro da festa? Onde está, ninguém viu.

A saúde se foi na labuta diária,

Situação do barraco também é precária.

E agora eu pergunto: Pra quê carnaval?

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 18/02/2023
Reeditado em 18/02/2023
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