Autoindulgência

Ao reles falta coragem!

Nem escrevo, apago arisco.

O mal fadado rabisco

faz da lixeira, estalagem.

Já no sofrível me arrisco…

As vestes da personagem

são em mim qual tatuagem,

breve e frágil como um cisco.

O bom, idílico oásis,

se presta a que eu faça as pazes

com a minha impertinência.

O ótimo, penso, não existe…

Mas Bandeira, Cora, Hilst…

Riem da autoindulgência.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 20/02/2023
Código do texto: T7723306
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