Promiscua Roseira

Roseira, que sustenta a bela flor

Também quer me, ostentar a dor

Em intermitente respirar, me opor

Quase abandonando a bela cor.

É madrugada e do jardim roubada

O rubro liquido das mãos, vedado

E do teu encanto, o premio criminoso

Que se fez em amanhecer amoroso

Mesmo que a luz do dia, outro incomodaria

Más como tela, que avida imortaliza

Você nua, tão aveludada quanto as pétalas

Dás profanas urgias, o néctar escorria

Do pranto de prazer, que alegria escondia

Até revela outro dia, em outra companhia