Quantas vezes no alvor dos meus delírios...

Quantas vezes no alvor dos meus delírios,

Tu surgiste como astro iluminado,

E num caminho de oiro e de lírios,

Me deixaste o teu olhar enevoado.

Quantas vezes caminhei à luz dos círios,

A procura de um sonho constelado,

Eu levava no meu peito os martírios,

Tu trazias de outrora o meu passado.

Tinha da noite os olhos enfermos,

O teu silêncio lembra os campanários

E a névoa que adeja pelos ermos...

Tua presença é calma como as sombras

Que seguem os meus passos solitários

Pisando suavemente as alfombras...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 25/02/2023
Reeditado em 26/02/2023
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