O dorminhoco

Quando o Sol no horizonte despontar

Consigo trazendo a nós mais uma jornada,

À sua incômoda luz manterei fechada

Cada fresta e orifício de meu lar.

O que farei unicamente é bocejar,

Rolar no leito, dormir de novo – e mais nada;

Alheia à manhã seguirá minha morada,

E enquanto o puder seguirei a cochilar.

Dormir, querida Helena, é tão maravilhoso!

Mesmo que ralhes, ou queiras repreender

A mim por ser tão dorminhoco e preguiçoso,

Nada mais há que tanto amo fazer:

Pois, se dormir em si é tão maravilhoso,

Mais os são os sonhos em que vens me ver!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 27/02/2023
Código do texto: T7728746
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.