Para sempre, Maria.

Assim se o acaso o para sempre

Rondasse a humanidade de agora

Aprisionaria o ontem, em um amanhã

Que já nem saberia do amor, seu valor

Há más acaso o para sempre havendo

Protegendo os dotes humanos que espelha

Tão animalesca volúpia, do ser apaixonado

O encanto do contorno e do cheiro aprisionaria

Assim como Gladiador, poderia a vida

Me querer guardião do, que não me pertenceria

Más no caso, em que tudo, seja para sempre

Preferiria a morte, ainda que para sempre

Pois o que sobraria do encanto, na flor

Por mais e, melhor guerreiro, jamais defenderia.