Devolva-me

Devolva-me.

Mesmo que combalido, doente e aos pedaços,

Requisito o retorno de meu coração,

Fragilizado, sem ânimo e sem ação,

Ainda assim, cuidar dele é o melhor que faço.

Não te imputo quaisquer que sejam os embaraços,

Por muitos ocorridos fora da junção,

Não te culpo por falta d'alguma atenção,

Nem pelos borrões deste coração palhaço.

Culpa alguma se pode atribuir à terra

Árida, que esturrica o que nela se enterra,

Se sob o seu calor intenso nada medra.

A culpa foi de minha tosca avaliação,

Pensando que podia mudar a intenção

De quem leva tudo ao destino de Fedra.