Quando desmaias em pálida neblina...

Quando desmaias em pálida neblina,

No mesmo leito que te acalenta,

Imagino-te, estrela matutina,

Solitária como a alma que lamenta.

Uma distante sombra peregrina,

Mágoa de alguma aurora macilenta,

Trazes silenciosa na retina,

Teu brilho de lembrança sonolenta.

Vão os sonhos nos ares relembrando

O aroma doce das manhãs serenas

Que ficavas em silêncio te olhando...

Aquela alma que me espera é silente,

Em teus olhos florescem açucenas

E as lágrimas doiradas do poente...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 22/03/2023
Código do texto: T7746292
Classificação de conteúdo: seguro