Soneto lunático

Vejo o dragão da lua, sem fumaça...

São Jorge a cochilar no lado oculto...

E, e repente, ao longe, surge um vulto

Que deixa um rastro enorme enquanto passa.

 

Abro outro vinho: - só mais uma taça!

Penso comigo mesmo, aqui, sozinho.

Mais outra taça, abro mais um vinho,

Enquanto a lua foge da vidraça...

 

Abro a janela, Já não há mais lua!

Ainda assim, São Jorge insinua,

Que vai levar a cabo uma missão.

 

A poesia é mesmo engraçada!

Enxerga tudo, mesmo sem ver nada:

Até mostrar são Jorge e o dragão!

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/03/2023
Reeditado em 23/03/2023
Código do texto: T7746472
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