Saudade das noites que deitavas...

Saudade das noites que deitavas,

O prado em névoas enublado,

Do silêncio que outrora contemplavas,

Sem teres a tristeza ao meu lado.

A lua que meus passos clareavas,

Inda vagas pelo horto desolado,

Me trazendo o vento que levavas

As pétalas do peito macerado.

Ai sinos que plangem nas torres frias,

Por que recordam-me os teus plangeres

A solidão das horas tão sombrias...

As tardes sem poentes e doridas,

A alma envolta de alvas e misereres

Que andavas pelos átrios das ermidas...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 06/04/2023
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