XADREZ: UMA SINGULARIDADE PLURAL

Sou um deserto triste d'amor;

E, pelas areias cristalinas caminho;

Ando sem descanso pelos encantos;

Então, me encanto pelas luas de cetim.

Depois dessa estrada percorrida, estou na água;

Pergundo-me: Onde estão as areias?

Estão enterradas no meu riso;

No meu desejo afogado nas anáguas.

Ó fim, tudo é ilusório neste momento;

Tudo é uma pessoa entre flores;

Um amor de recorte de jornal numa matinal.

Miro, o mirante, vê-me em serenata em flor;

Sonabulos mundos que fala tão rápido, forte e pouco;

No louvou do meu lado canta a voz na morte.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 13/04/2023
Reeditado em 13/04/2023
Código do texto: T7762980
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