Crepúsculo

A tarde azul estende-se em camadas

por sobre as amplidões da cordilheira.

Desce à cidade e, como em vez primeira,

enche de anseio as horas desmaiadas.

 

Nas ruas, nas esquinas, nas calçadas,

nos ares e na brisa alvissareira

eu sinto a tarde. Sinto-a toda, inteira,

nas bordas das saudades mais ousadas.

 

Crepúsculos, ocasos imprecisos,

onde se encontram prantos e sorrisos,

onde dormita o caos do meu poema...

 

Crepúsculo... Silêncio... Breve fim...

No fôlego que morre dentro em mim

renasce a verve… plena, toda e extrema!

 

Foto: Arquivo pessoal 

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 19/04/2023
Reeditado em 18/12/2023
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