O A M O R

Não tem faz de conta

Ao conjugar o verbo amar

A Eros não se pode enganar

O coração versa de ponta a ponta

O amor é flecheiro

Ele nunca manda aviso

Surge do nada sem improviso

Sem idade e nem tempo derradeiro

O amor quando desponta

Sem mais delongas

Em alvo certeiro

Invade como tsunami

Em dobraduras de origami

Tece suas teias de modo matreiro