Convalescença

Fantasma fui outrora, vã figura,

Mas deixo de vagar tendo-a encontrado

Banhada assim nas águas de uma anjura,

Num tímido encantar já fascinado.

Descreve com seu riso encabulado

A essência feminina da ternura,

E assim me tenho puro, enraizado,

À frente da certeza que nos cura.

Brincamos de um descanso permanente,

Pois novo sonho brilha no alto espaço

Em frágil coração convalescente...

E sempre num perfil de grande inchaço

Os novos horizontes da paixão

Reluzem como prontos à explosão!

wsdafae
Enviado por wsdafae em 13/12/2007
Reeditado em 15/11/2008
Código do texto: T777274